Polícia
MP-RO denuncia quase 30 pessoas por tráfico de drogas e lavagem de capitais
Presos na operação Canto da Serpente também foram denunciados por tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico.
Dinheiro localizado durante as investigações da Operação Canto da Serpente em RO — Foto: Reprodução
Quase 30 pessoas suspeitas de integrarem uma organização criminosa, de Guajará-Mirim (RO), foram denunciadas na Justiça através de uma ação do Ministério Público de Rondônia (MP-RO).
Os suspeitos denunciados fazem parte de uma quadrilha que tinha um organograma do consórcio de droga e esquema de lavagem de dinheiro.
O esquema foi revelado no ano passado, durante a operação Canto da Serpente, da Polícia Federal (PF).
Segundo o inquérito policial, o grupo era formado por três células principais, sendo duas responsáveis pela lavagem do dinheiro vindo do tráfico de drogas e a terceira responsável por toda a logística de aquisição, armazenamento, transporte e venda de drogas. Os entorpecentes eram levados de Rondônia para outros estados, como São Paulo.
Na semana passada, o MP-RO apresentou uma denúncia na justiça e destacou que os valores movimentados pela quadrilha não tinham “lastro patrimonial suficiente ou que justificasse os ganhos, sendo que parte dos membros não possuía atividade lícita declarada ou era incompatível com o elevado volume de recursos movimentados”.
Foram denunciadas 27 pessoas, que vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico.
Um dos alvos dessa operação em Guajará-Mirim foi a cantora Cinthya Melo. Ela foi apontada como uma das responsáveis pela célula que fazia a lavagem dos capitais vindos do tráfico. Outro que fazia a mesma função era Alef Heron.
Canto da Serpente
A operação foi deflagrada no dia 25 de novembro para desarticular um dos maiores esquemas de tráfico de drogas da região de fronteira rondoniense. Segundo a PF, durante a ação foram sequestrados 25 veículos, avaliados em cerca de R$ 1,2 milhão, além do sequestro de quatro imóveis.
À época foram cumpridas mais de 60 ordens judicias, sendo 25 de prisão preventiva e 44 de busca e apreensão em Guajará-Mirim, Porto Velho e São Paulo.
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