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Polícia

Forças Armadas prendem cinco garimpeiros com ouro e cassiterita na Terra Yanomami

Prisões foram realizadas no âmbito da Operação Ágata Fronteira Norte. Os presos foram transportados para Boa Vista e encaminhados para a sede da Superintendência da Polícia Federal.

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Eles foram detidos em Xitei e trazidos para Boa Vista — Foto: Comando Conjunto Àgata Fronteira Norte/Divulgação

Eles foram detidos em Xitei e trazidos para Boa Vista — Foto: Comando Conjunto Àgata Fronteira Norte/Divulgação

Duas mulheres e três homens foram detidos em um garimpo ilegal em Xitei, na Terra Indígena Yanomami, pelas Forças Armadas nesse sábado (5). Os militares também apreenderam três armas de fogo, nove munições, 800 kg de cassiterita e sete gramas de ouro.

As prisões foram realizadas no âmbito da Operação Ágata Fronteira Norte. As Forças armadas também apreenderam uma pequena quantidade de maconha, três recipientes de mercúrio e entre outros equipamentos.

Os presos foram transportados para Boa Vista, onde foram submetidos a exames clínicos de higidez física e encaminhados para a sede da Superintendência da Polícia Federal, localizada na capital.

Eles foram encontrados na região do Xitei há intensa presença de garimpeiros ilegais e onde houve ataque a tiros em 2022. À época, garimpeiros ilegais assassinaram um jovem indígena a tiros.

A operação já contabiliza 131 presos e já obteve uma redução de aproximadamente 95% nas atividades de garimpo ilegal, segundo a assessoria da operação Ágata Fronteira Norte, das Forças Armadas.

As desintrusões da Terra Indígena Yanomami são realizadas em conjunto com a Polícia Federal, a Funai e o Ibama, no contexto da Operação Ágata Fronteira Norte.

Terra Yanomami

Maior território indígena do país, a Terra Indígena Yanomami enfrenta uma grave crise sanitária na saúde causada por garimpeiros ilegais. Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública.

Além dos atendimentos em saúde, o governo Federal atua para retirar garimpeiros do território. Atuam nesta missão agentes do Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Desde junho, o Ministério da Defesa também passou a atuar de forma repressiva aos invasores.

Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.

A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.

Fonte : Portal G1

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