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Política

Insatisfeito, PSB de Alckmin se reúne hoje para discutir reforma ministerial

Reforma deve tirar Márcio França (PSB) do Ministério de Portos e Aeroportos. Novo ministério seria criado a partir do MDIC, hoje comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despede do vice, Geraldo Alckmin, antes de embarcar para Assunção, no Paraguai — Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despede do vice, Geraldo Alckmin, antes de embarcar para Assunção, no Paraguai — Foto: Ricardo Stuckert/ PR

O redesenho definido nas últimas semanas para a reforma ministerial que deve ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu mal entre dirigentes e parlamentares do PSB – partido do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Dirigentes da sigla se reúnem nesta quarta (6) para avaliar as mudanças sugeridas e o espaço da legenda no governo. A posição do PSB é uma das únicas pendências para que a reforma seja anunciada por Lula – o que pode acontecer ainda nesta quarta.

O mapa até aqui prevê que Lula “desaloje” o atual ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), para entregar a pasta ao deputado Silvio Costa Filho (Republicanos).

A troca já vinha sendo desenhada, mas foi oficializada internamente nesta terça (5) em um almoço entre Lula e Alckmin. Como compensação, o governo criaria o Ministério de Micro e Pequenas Empresas para abrigar Márcio França.

O problema é que, para criar esse ministério, seria preciso retirar atribuições do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – justamente a pasta chefiada por Geraldo Alckmin.

Integrantes do PSB ouvidos pela TV Globo afirmaram reservadamente que o vice-presidente da República ficou irritado com a proposta. E que houve, inclusive, quem defendesse uma saída do partido da base de apoio de Lula.

O espaço dos partidos

 

Atualmente, o PSB comanda três pastas na Esplanada dos Ministérios. Além dos ministérios de Alckmin e de Márcio França, também ocupa o Ministério da Justiça com Flávio Dino.

O partido, no entanto, considerado que Dino compõe a “cota pessoal” de Lula. E que, enquanto isso, França e Alckmin passam por um processo de “fritura” e constrangimento desnecessários.

Nesta terça, o líder do Progressistas na Câmara, André Fufuca (MA), fez chegar ao Palácio do Planalto que não teria interesse de assumir o Ministério dos Esportes no formato atual. O partido tenta turbinar a pasta com novas secretarias e com o Fundo Nacional do Esporte, a ser irrigado por emendas.

Segundo pessoas ligadas às negociações, no entanto, as conversas com PP e Republicanos avançaram bem nas últimas horas.

Com isso, Lula pode enfim anunciar a reforma ministerial ainda nesta quarta.

Por Gioconda Brasil, TV Globo

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